Postado em 28 de março de 2025
Buscar ajuda de um profissional da saúde mental ainda é um tabu para muitas pessoas, mas esse cenário vem mudando com o tempo. Entre os profissionais mais procurados nesse contexto está o psiquiatra, o médico responsável pelo diagnóstico, prevenção e tratamento de transtornos mentais. Mas afinal, como funciona uma consulta com o psiquiatra? Neste artigo, vamos esclarecer todas as dúvidas sobre o assunto, desde o primeiro contato até o acompanhamento contínuo, em uma linguagem simples, acessível e sem julgamentos.
Muitas pessoas acreditam que só se deve procurar um psiquiatra em situações graves, como surtos psicóticos ou quadros severos de depressão. Essa ideia é incorreta. Você deve procurar um psiquiatra sempre que sentir:
Tristeza profunda ou prolongada
Ansiedade em excesso
Insônia constante
Pensamentos negativos recorrentes
Dificuldade em lidar com a rotina
Mudanças de humor abruptas
Perda de interesse em atividades
Dificuldades de concentração
O ideal é não esperar o sofrimento se agravar para buscar ajuda. O quanto antes você procurar, maiores são as chances de recuperação e bem-estar.
A primeira consulta geralmente é mais longa, com duração entre 40 minutos a 1 hora, dependendo do caso. Nela, o médico precisa conhecer profundamente o paciente. Portanto, espere perguntas como:
Há quanto tempo os sintomas começaram?
Algum familiar já teve problemas semelhantes?
Como está sua rotina de sono, alimentação e trabalho?
Está passando por alguma situação estressante?
O psiquiatra vai querer entender o contexto da sua vida, sua história médica e até mesmo o uso de álcool, drogas ou medicamentos.
Não tenha medo ou vergonha de ser sincero. O ambiente é sigiloso, seguro e livre de julgamentos.
Após ouvir e avaliar o paciente, o psiquiatra pode oferecer um diagnóstico baseado em manuais clínicos, como o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) ou a CID-11 (Classificação Internacional de Doenças).
É importante entender que o diagnóstico não é um “rótulo”, mas sim uma forma de direcionar o tratamento adequado. Alguns dos transtornos mais diagnosticados incluem:
Depressão
Transtorno de Ansiedade Generalizada
Transtorno Bipolar
Síndrome do Pânico
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
Esquizofrenia
Transtornos de personalidade
Não necessariamente. Embora o psiquiatra tenha a autoridade para prescrever medicamentos psiquiátricos, essa decisão depende da avaliação clínica. Em alguns casos, a psicoterapia é suficiente, e o médico pode encaminhar o paciente para um psicólogo.
Em outros, o uso de medicamentos como antidepressivos, ansiolíticos ou estabilizadores de humor pode ser necessário, sempre com acompanhamento rigoroso, evitando automedicação ou interrupções sem orientação.
Apesar de ambos atuarem na saúde mental, os profissionais têm formações e abordagens diferentes:
Psiquiatra: é médico, pode prescrever medicamentos, investigar sintomas físicos e realizar diagnósticos clínicos.
Psicólogo: é graduado em Psicologia, especializado em terapia e escuta ativa, trabalha com ferramentas como terapia cognitivo-comportamental, psicanálise, entre outras.
Muitos pacientes se beneficiam de um tratamento multidisciplinar, com acompanhamento de ambos os profissionais.
Agora que você sabe como funciona uma consulta com o psiquiatra, é possível perceber que esse tipo de atendimento não é nenhum bicho de sete cabeças. Pelo contrário, é uma forma responsável e corajosa de cuidar da saúde mental, algo tão importante quanto cuidar do corpo.
Buscar ajuda não é sinal de fraqueza, mas sim de autoconhecimento e força interior. Se você ou alguém próximo estiver passando por um momento difícil, considere agendar uma consulta e iniciar um processo de acolhimento, diagnóstico e tratamento.
Você merece se sentir bem. A saúde mental deve ser prioridade, sempre.
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